Um pouco da história da família de José Gomes de Oliveira, ou Juca Paim em Dores do Turvo.

A idéia de contar esta história surgiu durante a inauguração da sala de informática da Escola Municipal de Dores do Turvo, "Eufrosina da Silva Gomes" (minha avó paterna), Naninda , como era carinhosamente chamada.

domingo, 31 de outubro de 2010

Os caminhos de José - Parte 7

Maria Paim nunca negou a origem de José, omitindo o fato do sequestro. Dizia que sua mãe o havia dado para que ela o criasse. A verdade só veio à tona muito mais tarde.
José trabalhava na cidade de Ubá e era comum os intelectuais se reunirem em confeitarias. Naquela época era de praxe as pessoas perguntarem: "Quem são seus pais?" A que família você pertence?"
Numa noite, estavam reunidos diversos amigos, inclusive um professor que lecionava no Colégio São José - Ubá, quando começou o questionário. Entre uma pergunta e outra, José contou que tinha nascido em Diamantina, o nome de seus pais e, relatou que havia sido criado por uma escrava de dentro de casa e de muita confiança, que atendia somente à sua mãe que era muito doente. Contou tudo, conforme sua mãe de criação contava para ele. Ouvindo a conversa de José, um professor, de nome Raimundo, interrompeu a conversa e disse: "Você é meu tio. Você é irmão de minha mãe. Conheço sua história. Você foi muito procurado por sua família" e, contou que seu sequestro havia abreviado a morte de sua mãe. Dali nasceu uma grande amizade entre tio e sobrinho. E quanto mais amigos ficavam, mais o sobrinho o incentivava a ir à Diamantina conhecer sua família.

Os caminhos de José - Parte 6

Foram muitas as igrejas por ele pintadas. Não serão mencionadas em ordem cronológica: Rio Pomba, Guarani, Mercês, Teixeira, Alto Rio Doce, Desterro do Mello, Ubá, Ponte Nova, Ressaquinha, Lima Duarte. Pintou, também, o Palácio do Bispo e o Colégio Imaculada Conceição de Mariana. Em Barbacena, pintou a Matriz, a Igreja São Geraldo e o Colégio Imaculada Conceição. A Igreja em Tabuleiro, também foi por ele pintada. Talvez existam algumas obras que não sejam do conhecimento da família.

sábado, 30 de outubro de 2010

Os caminhos de José - Parte 5

José especializou-se em pinturas sacras, além de ser, também, um perfeito restaurador. Por esse motivo, morou em várias cidades de Minas Gerais, esse foi o motivo de seus filhos terem nascido em cidades diferentes, como segue: José nasceu em Descoberto. Por ser primogênito, sua esposa naturalmente preferiu que nascesse perto de seus pais. Raphael e Maria Angélica, em Rio Pomba; Murilo e Celso, em Guarani; Myrthes, em Ponte Nova; e Daniel e Hilda, em Barbacena.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Os caminhos de José - Parte 4

José passou a infância e suponho que também sua adolescência em Dores do Turvo, onde começou seus estudos, bem entendido, aprendeu a ler e escrever. Fez grandes e maravilhosas amizades, inclusive a do Sr. Beijo Marotta, que por ele nutria uma grande amizade.
José especializou-se em pintura sacra, além de ser, também, perfeito restaurador e por este motivo morou em várias cidades de Minas Gerais.
Já rapaz, foi à Descoberto-MG pintar a Igreja Matriz e, ali, conheceu a moça mais linda do lugar. Eufrosina da Silva Policarpo - filha de José Francisco Policarpo e Maria Izabel de Jesus da Silva Policarpo, por quem se apaixonou e com quem se casou no dia 28 de julho de 1914.
Do casamento nasceram 10 filhos, nascidos em diferentes cidades. José (falecido ainda bebê nasceu em Descoberto), Murillo (Guarany) Maria Angélica I e Martha (falecidas ainda bebê, não se sabe o local de nascimento), Raphael e Maria Angélica II (Rio Pomba); Celso (Guarany) Myrthes (Ponte Nova) Daniel (meu pai) e Hilda em Barbacena.



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Os caminhos de José - Parte 3

A procura continuava e a criança não aparecia. Com este abalo, Jacintha teve uma piora muito grande vindo a falecer, aos trinta anos de idade.
A escrava Maria, agora conhecida como Maria Paim, e seu companheiro, embrenharam-se por cantões longínquos de Minas Gerais.
José se lembrava, quando ainda muito pequeno, do seguinte fato: Certa vez, estava ele sentado na porta de sua casa, quando um comerciante ambulante que passava pelo pequeno lugarejo onde eles moravam, disse que a polícia estava à procura deles, pois havia ocorrido o sequestro de uma criança do sexo masculino em Diamantina, cujas características coincidiam com as dele, ou seja, criança loira, sequestrada por uma mulher negra e um português.
No mesmo dia o casal preparou suas bagagens e continuou sua vida errante, indo parar em Dores do Turvo, lugar que marcou sua vida para sempre.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Os caminhos de José - Parte 2

Ainda de acordo com informações, apesar da doença de Jacintha e da desavença entre o casal, estava sendo preparado um almoço festivo para celebrar o evento, pois os pais de José eram fazendeiros riquíssimos, donos de muitas terras e escravos.
A confusão na casa era grande, e só foi notada a falta da criança muito mais tarde, pois todos sabiam que a escrava Maria ficaria responsável pela criança até que sua mãe melhorasse. No entanto, o menino desapareceu com a escrava e um homem, supostamente seu amante, de nome Paim que, segundo informações, era um português, do Rio de Janeiro, comerciante de pedras preciosas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Foto

A foto das crianças foi tirada por Daniel, no dia 10 de outubro de 2010, dia da  distribuição. Linda, não? Sobre a "distribuição" comentarei posteriormente.

Então, vamos lá. Os caminhos de José . Parte 1

José Gomes de Oliveira nasceu em Diamantina, no Estado de Minas Gerais no dia 29 de fevereiro de 1889 - filho de José Gomes de Oliveira e Jacintha da Vera Cruz de Oliveira. Caçula de cinco irmãos (Gabriela, Virgínia , um do qual não se lembra o nome, e Justino).
Sua mãe, segundo informações, era uma mulher de rara beleza. Casou-se aos 15 anos com um homem muito mais velho e de um ciúme atroz. Grávida  de José e com a saúde muito abalada, foi trancada num quarto por decisão do marido e só era atendida por uma escrava de nome Maria. Após o nascimento de José, sua saúde agravou-se ainda mais e, aos cinco dias de nascido, a criança foi batizada no Palácio do Bispo.

O início de tudo.

O texto que se segue foi elaborado por Myrthes Gomes Rabello, filha de José Gomes de Oliveira (Juca Paim) e Eufrosina da Silva Gomes (Naninda), de onde tudo se originou. Estou na dúvida se resumo ou se escrevo um pouco a cada dia. É... Acho que vou fazer isso. Como uma novela. Nos intervalos, escrevo sobre fatos mais recentes.